domingo, 7 de agosto de 2011

Homossexualismo – O que nos aconselha a Doutrina Espírita

Homossexualismo. Eis um tema que muito tem incomodado as consciências de espíritas e não espíritas, de médicos e sociólogos, de psicólogos e terapeutas. Debate interessante e oportuno em dias nos quais o Congresso Nacional vem de propor a regulamentação da união civil entre homossexuais, iniciativa legiferante com a qual concordamos porquanto destinada a disciplinar situações jurídicas que de fato existem e que repercutem no meio social, não podendo ser ignoradas pelo Direito.
Por conseguinte, parece-nos conveniente buscar o embasamento doutrinário para o enfrentamento do tema. O que nos diz a Consoladora Doutrina? Por primeiro, examinemos a pergunta 202 de "O Livro dos Espíritos":

"Pergunta - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?"
"Resposta - Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar."

Percebe-se claramente que Kardec e os Espíritos da Codificação referem-se a provas no corpo masculino ou no corpo feminino a serem enfrentadas no mundo físico. Fica claro também que não se pode falar em preferência espiritual por um ou outro sexo, mas que, feita a escolha (ou imposta determinada forma), são provas o que enfrentaremos como Espíritos encarnados.
Se um determinado Espírito em uma dada encarnação se revestir da "forma" masculina, ele devera enfrentar as provas reservadas a tal opção. Se a encarnação desse Espírito se der no vaso feminino, suas provas serão daquelas reservadas as mulheres, como a maternidade, por exemplo. Por conseguinte, a nos outros cabe-nos suportar com resignação as provas inerentes a um e a outro sexo físico. Disso não poderemos nos afastar.

Podemos exemplificar o raciocínio com a prova da pobreza, que quase sempre vem para o Espírito como mecanismo reparatório do egoísmo e da prodigalidade ou em razão do mau uso da riqueza que se haja feito em vida pretérita. Não e licito ao pobre desta vida furtar, corromper-se ou praticar fraudes para fugir a prova da miserabilidade transitória. O enfrentamento das carências materiais com serenidade levara a evolução moral do Espírito. Disso ninguém discorda.

Por igual, ao ser espiritual que vivencia a experiência física masculina não e dado fugir a prova da masculinidade, cedendo aos arrastamentos de um suposto sexo psíquico, diverso daquele que se apresenta materialmente. A condição de sua evolução e justamente não ceder a tais condutas instintivas, para, então, reequilibrar-se e evoluir. O mesmo vale para os seres revestidos de envoltório corporal feminino, que não se podem deixar levar por costumes pretéritos, que eram lícitos ha milênios na Ilha de Lesbos, mas que não se coadunam, hoje, com o ideal de uma vida em equilíbrio e em harmonia.

Dai não podermos encarar o grave problema da homossexualidade com despreocupação, cedendo apenas aos apelos de uma conduta que se supõe politicamente correta ou acertadamente crista. Obviamente, nossos irmãos homossexuais merecem o respeito devido a todos os seres da criação; não podem ser discriminados, nem rejeitados, pois, como disse meigo Rabi da Galiléia, "aquele dentre vos que não tiver pecados, atire a primeira pedra". Possivelmente muitos entre nos já passaram pelos desvios homossexuais na fieira de existências anteriores, na Grécia, em Roma ou alhures. Mas evidentemente o homossexual (como também o heterossexual desregrado) não é um ser em equilíbrio espiritual. Ao contrario, tanto um quanto outro quase sempre estão sob cerrado ataque fluídico negativo ou em estrito conluio psíquico com entidades trevosas. Este e o discernimento que nos cabe alcançar.

"Consideramos, sem qualquer sombra de duvida, que o homossexual, ao atender os sentidos em satisfação sexual, jamais estará em processo de realização conforme pensam algumas escolas. Ninguém se realiza no caminho do desequilíbrio e da desordem. A pratica deformante e resultado da distonia intima que carrega consigo, cujo processo desencadeara desajustes, principalmente no setor moral".

Dessa falta de sintonia entre o ser e o querer ser, ou entre o que se é e o que se pensa ser, transforma o homossexual, masculino ou feminino, num ser frustrado (ainda que a negativa seja comum, num mecanismo psicológico por demais conhecido), atormentado por ilusões e anseios de consumação as vezes impossível e que o debilitam moralmente, abrindo porta larga a terríveis obsessões.

Duvida não pode haver de que cabe aos homossexuais buscar sua reforma intima, resistindo aos arrastamentos instintivos e sensuais que os acometem. A nos cabe respeitá-los, informar-lhes, orientá-los, sem descurar da reparação de nossas próprias faltas, para que nos seja moralmente licito exemplificar. Nunca, contudo, nos será permitido, por omissão ou por enganosa "caridade", fechar os olhos ao problema, supondo que ele inexiste. A nossa frente, sempre haverá um irmão ou uma irmã que necessita de apoio firme e interessado em sua edificação. Quem se omite ou finge não perceber graves problemas morais na pederastia ou no lesbianismo, engana-se a si mesmo e contribui para propiciar, por inação, terríveis males para o ser imortal, com sensíveis repercussões na própria casa espírita.

No que tange ao mediunato, muito grave seria permitir que uma pessoa em desarmonia sexual se lançasse ao intercambio mediúnico. Quantos processos obsessivos e interferências deletérias poderiam dai advir? A lei de afinidade informa que semelhante atrai semelhante. Evidentemente, isso não significa que se deve afastar por completo o homossexual (e o heterossexual desregrado) do trabalho doutrinário. Não, em absoluto. O que deve ser compreendido e que, embora palavras emocionem, e o exemplo que arrasta os homens ao progresso. Sem compromisso intimo de reforma as tarefas desses irmãos devem-se reduzir, durante determinado período, a assistência a palestras, ao recebimento de tratamento fluidoterápico e a participação em grupos de estudo direcionados a compreensão da problemática sexual, a fim de que possam direcionar suas energias genésicas para a criação em níveis mais elevados e para sua própria edificação. Quando recuperados, podem, como qualquer pessoa, integrar-se as atividades da casa espírita.

Dai se compreende que o ato sexual e "divino" quando suas condições espirituais (prova masculina ou feminina) e os seus "reais objetivos" (procriação, reencarnação) são seguidos. Se tais condições e objetivos não são atendidos, tem-se um ato anti-natural e desarmonizador, que contribui para desagregar a mente do ser encarnado.

Se os abusos heterossexuais (ser dado a poligamia, a orgias, a sadomasoquismo, a necrofilia, a pedofilia, etc) comprometem nosso corpo físico e nosso equilíbrio sexual, que dizer então das praticas homossexuais? Tais condutas afrontam leis naturais (leis de Deus, portanto) como a da reprodução, a da procriação e a da continuidade das espécies, alem de levar ao uso de certos órgãos diversamente do que recomenda sua biologia, sua fisiologia e sua concepção estrutural.

O homossexualismo também implica grave comportamento omissivo diante da lei geral de reencarnação. Se os casais homossexuais proliferam, perdem-se valiosas oportunidades reencarnatórias, pois que evidentemente não haverá procriação. Logo, menos Espíritos poderão evoluir nas provas terrenas, o que repercute negativamente sobre toda a humanidade.

"O Livro dos Médiuns" que os defeitos que afastam os bons Espíritos de nosso campo vibratório são "o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem a matéria" (capitulo XX, item 227).

Libertemo-nos e ajudemos outros a se libertarem, mas com caridade sempre.

Escrito Por: Vladimir Aras Salvador, Bahia, Brasil

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